ATUAÇÃO SINDICAL


O SINDICATO SERVE ATUALMENTE PARA QUÊ OU PARA QUEM?


Vejam o comentário da Míriam Leitão no Bom dia Brasil do dia 30/03/2011:
As grandes centrais sindicais, como a CUT, são governamentais. Ou estão no governo, ou os seus dirigentes estão disputando cargos no governo, ou apoiam o governo. O que aconteceu foi uma explosão de insatisfação no canteiro de obras, um movimento espontâneo, e agora as centrais estão competindo para ver quem vai representar esses trabalhadores.
O que está faltando é o governo ouvir os trabalhadores do chão da obra para saber o que de fato aconteceu e entender as razões da explosão de insatisfação que produziu tudo isso.
As empresas garantem que os trabalhadores são contratados diretamente por elas, e não de intermediários, que é sempre um risco. No caso de Santo Antônio, as obras são perto de Porto Velho; 70% dos trabalhadores moram em Porto Velho. A grande confusão foi em Jirau.
É bom lembrar que Jirau tem duas estatais que fazem parte do consórcio. Não são empresas privadas. Na verdade, é ume empreendimento quase público e financiado pelo BNDES. É mais uma razão para se ouvir os trabalhadores.
O importante é não achar que resolve se reunir com duas centrais que hoje andam de carros oficiais e recebem dinheiro público. Tem que ouvir os trabalhadores. Acho que nesse diálogo está faltando o trabalhador de Santo Antônio e Jirau. Falta ouvir os trabalhadores e não os supostos representantes deles.
O Brasil precisa dessas obras, mas precisa também respeitar os direitos do trabalhador.”

Conheço a realidade de dois sindicatos o da Educação(APP) e o da Socioeducação(SINDSEC) e com certeza entre os dois há grandes diferenças o primeiro tem um número de filiados muito grande o que de certa forma facilita nas negociações com o governo, tem ainda uma estrutura de informações bem organizada, pois na minha escola há representantes ativos e participativos. Contudo concordo que a política ainda interfere de forma expressiva nas decisões sindicais e falta mais transparências nas ações.
Agora o SINDSEC.. é uma instituição muito pequena conta com poucos filiados, aliás não se sabe quantos, pois o presidente do sindicato mantém este número em segredo, pelo menos é o que soube através de um ex-diretor.
A atuação do SINDSEC tem se mostrado muito falha, não presta contas, não divulga suas ações, não luta de maneira objetiva em prol dos servidores da categoria, joga a responsabilidade aos seus filiados, etc..
Portanto, tenho certeza de que muitos bravos heróis que lutaram pela causa sindical, se estivessem vivos lamentariam as atuações pífias de determinados dirigentes sindicais, que concordo com a Mirian Leitão, hoje só tem olhos para seus próprios interesses. Digo “lutaram” no passado por que no presente não vejo algum nome isento de qualquer suspeita para representar a classe trabalhadora.
É hora de resgatar o interesse por questões prioritárias ao trabalhador. É hora de reivindicar não somente melhores salários, porque isto tem sempre resposta na ponta da língua de qualquer gestor” não temos dinheiro em caixa, ou já atingimos o limite da lei de responsabilidade fiscal, é hora de reivindicar: um PLANO DE SAÚDE DECENTE, Plano de carreira da Socioeducação,
 VALE-REFEIÇÃO, VALE-ALIMENTAÇÃO, MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO, DESCONTO EM COMPRAS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, CONVÊNIOS DIVERSOS... ou seja o trabalhador pouco acredita no trabalho sindical pois está descrente, combalido e após derrotas seguidas para os grandes interesses vê-se em plena era da globalização, da informática, da democracia do amplo acesso às informações.. uma reviravolta na política de garantias de seus direitos.


Bem mais voltando ao comentário da Miriam Leitão, “O que está faltando é o governo ouvir os trabalhadores do chão da obra” isto também não aconteceu nos centros socioeducativos, já fazem 03 meses da nova gestão e até agora nada! Ninguém apareceu para ouvir diretamente os funcionários de base, não houve nenhuma reunião, não propuseram nada! A continuidade do governo anterior é uma realidade nua e crua e pior ainda vivemos sob o comando de uma gestão assustada e temerosa em perder cargos comissionados, falta de materiais, de funcionários, de propostas, enfim estamos num vácuo que me parece perdurará ainda o ano de 2011 inteiro!


Convém destacar que houve uma sinalização de entendimento com os funcionários, uma porta fora aberta diretamente com o gabinete da Secretária, mas vamos e venhamos.. uma andorinha sozinha não faz verão! Não basta uma porta, deve-se abrir a porteira toda e deixar entrar de uma vez só toda a boiada! Aí sim se pode mostrar e ouvir a realidade!












Nesta  página quero escrever pensamentos/reflexões/práticas de um sindicato comprometido com sua base, ou seja o trabalhador. A História mostra que as grandes conquistas dos trabalhadores foram obtidas através de lutas e não se vence batalhas com apenas um soldado, mas sim com a união de pelotões, regimentos e batalhões. O sindicato deve exercer o papel de unificar as forças é para isto que existe a INSTITUIÇÃO SINDICAL. Alguns diriam de que adianta o sindicato sem o apoio dos trabalhadores? Ocorre que se não há apoio, há descrença, se há descrença é porque o sindicato nas pessoas do seus representantes eleitos não estão conseguindo expor com clareza os objetivos, ou seja "não conseguem vender o peixe". O que ocorreu com a força dos sindicatos? Muitos dirigentes sindicais se aliaram ao patrão, e assim buscaram garantir o seu benefício e não da categoria. Outros não demonstram confiança nas ações, ou seja não tem transparência nas contas, não promovem a panfletagem, não informam à base das ações desenvolvidas, usam apenas um canal de comunicação (só site não é suficiente, jornais, panfletos, informações em murais) não se fazem representar pela maioria, se filiaram a partidos políticos e desvirtuaram seus objetivos etc..
Amigos, já fui muito atuante enquanto representante sindical, busquei naquele momento informações e as trazia à base, atuei diretamente em movimentos de greves.. ganhei amizades, reconhecimento mas também sofri retaliações, fui transferido de unidade, perseguido politcamente e tive que me ausentar do movimento sindical por um longo período, mas jamais deixei de acreditar  na frase hoje já desgastada "A UNIÃO FAZ A FORÇA".
Defendo um sindicato  atuante, que seja transparente com suas contas, que esteja presente não só em reuniões mas também junto à sua base, verificando "in loco" as dificuldades do dia-a-dia do trabalhador, a estrutura do local de trabalho, ás condições de salubridade, os equipamentos de segurança, acompanhe reuniões na unidade, participe da elaboração de regimentos.. pois estes muitas vezes contém armadilhas ao trabalhador, tenha abrangência de todos os funcionários que labutam na unidade, se é uma escola que se faça representar por professores, pedagogos e demais servidores como zeladoras, técnico adm, cozinheiras etc.. se é em um centro de socioeducação se faça representar por agentes profissionais, agentes de execução e apoio.
O que a sociedade vê hoje num sindicato? Apenas alguém que reivindica melhores salários e ameaças de greves. Temos que buscar novamente a valorização da INSTITUIÇÃO SINDICAL, desalienando-a da política, dos interesses do patrão, mostrar a sociedade que ela tem muito a ganhar com o apoio aos movimentos sindicais, pois a sociedade somos todos nós e cada categoria de trabalhador merece um sindicato forte e comprometido com a ética no serviço, seja ele público ou privado. Faço uso da frase que ora não recordo de que autor " liberdade não se mendiga, se conquista" a liberdade que me refiro é a de quem é conhecedor dos seus direitos, conhecedor da legislação, conhecedor das suas obrigações não fica preso sem uma resposta positiva aos seus anseios e o povo que é conhecedor elege seu melhor seu representante, seja para a presidência da república, do senado,  ou para o seu sindicato.

Um Abraço.